terça-feira, 31 de julho de 2012

Saudade do seu barulho

Tem mais ou menos um mês que eu comecei a sentir mais falta do que antes, ah, lembrei, no dia seguinte ao Corinthians ter ganhado a libertadores, a primeira deles.

Eu fiquei pensando, qual piada você faria, como ira zombar deles sobre aquele mundial coxa e como se sairia bem, dando risadas e deixando a mãe puta da vida.

Como nós dois iriamos ver e torcer a cara a cada gol dizendo: puta que pariu, era só o que me faltava, aturar esses torcedores chatos.

E claro, lembrar das libertadores conquistadas pelo São Paulo e dos mundiais, daquela primeira final que eu vi com você às 8h da manhã abraçada na bandeira, e como nós dois não acreditávamos no que estava acontecendo, lá em 2005.

No fim eles ganharam, eu não tinha muito o que falar, eu tive preguiça de discutir, não tinha graça, eu dei um beijo na mãe, a única corintiana que merecia meus parabéns e acabou a libertadores 2012.

No mesmo dia, enquanto eu estava deitada na cama, a Flá me alertou sobre a data que estava chegando, aquele dia, sabe? O segundo domingo de agosto...

E eu fui para o banho e chorei, eu chorei muito...
E lembrei da coisa mais boba do mundo, do barulho que as suas plaquinhas de identificação do exército faziam quando você chegava e a saudade apertou e a respiração ficou falha.

Faltam 12 dias para o dia dos Pais e nenhuma previsão de que essa dor passe.




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