quarta-feira, 22 de abril de 2009

Leve.
 
Não me leve a mal
Me leve à toa pela última vez
A um quiosque, ao planetário
Ao cais do porto, ao paço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

Não me leve a mal
Me leve apenas para andar por aí
Na lagoa, no cemitério
Na areia, no mormaço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo
 
Eu passo, e deixo tudo pra trás talvez demore mais.
uma vdia é muito tempo, ver você me esquecer e dizer que não sente mais.
A dor da não reciprocidade do sentimento, e saber que agora eu sou soldado sozinho na luta.
e que saudade é só da minha parte, e você seguiu... pra onde eu não sei, só é fato que pra bem longe de mim.
Não adianta ir e vir, o pouco do desejo da carne que resta, é pouco e não basta para para sacear a minha vontade de carinho de cheiro de você, deitar e levantar sem nenhum apego é dolorido, e me dá vontade de gritar e te bater até que você volte a me abraçar enquanto eu me deito ao seu lado.
Eu preciso disso, e me dou a esta humilhação, que na verdade não é de nada necessária, quero dormir, e tentar entender tudo o que me falam, todos sabem o que é melhor para mim, o que eu devo fazer, como devo agir. Mas nada faz sentido....
 
Tudo passou, e hoje, a amizade fria, e de todos é a mesma que eu tenho de você.
 
Eu passo, ah o Chico, hoje você é o único que me faz algum sentido.
 
Também para Flávia.


indignada, engolindo o choro.

terça-feira, 7 de abril de 2009



Fora do lugar.

Desde a gripe que me pegou, e me derrubou de vez em pleno calor de 28º em São Paulo.
Até a entrega de trabalhos com dias de atraso.

Tudo neste começo de ano parece fora do lugar

Na faculdade as brigas dos meus amigos, e alguns deles parecem pessoas completamente diferentes, do que eu conheci há exato um ano atrás. Nossa um ano... Já faz um ano, que esses malditos briguentos, nerds, que deixam tudo para ultima hora, mas que não deixam à peteca cair jamais, já ouvi que não são meus amigos, e que homem só chega perto de menina com uma única intenção... saca?
Eu prefiro arriscar, se isso for verdade, é só mais uma cabeçada que eu, como sempre, resolvi dar.
Me sinto a vontade, e parecem que gostam de mim, e principalmente que me respeitam no que eu faço, ou falo, e é isso que me importa.
Fumódromo, padaria, bixos, e mesmo com a chegada da 1ª bateria de provas, parece que existe uma mancha no quadro, eu sei o porquê desta sensação, mas deixa pra lá.

Shows sozinha, fotos de uma pessoa só, noites sozinha, sábados em casa, choramingos de atenção, solidão...carência... E estes sentimentos, de menininha, que eu odeio ter, parece que a minha mania de individualidade me pegou de jeito, e eu dei um tiro no meu pé.
Rejeição, choro, silêncio, indiferença, e a companhia que nunca vem para ficar!
A falta, e a compreensão, de saber que agora o tempo passou, e desde que eu decidi só errar, uma hora isso iria me pegar. E adivinha só? Pegou, de nada adianta falar, as chances acabaram e eu fui finalmente vencida, K.O.
Querer agora estar perto é inútil, e com as mãos atadas só me resta, esperar para que o tempo, assim como me trouxe, me encantou apaixonou e fez experimentar o gosto doce do amor fácil e tranqüilo, leve pra longe tudo isso, e traga a dureza do meu coração de volta.

E nada parece se encaixar.

Brigas em casa... duas pessoas? Como assim! É, gênios do cão, que brigam, eu não fico quieta, e nem ela, rs.
A verdade é que isso só acontece, porque ela deixa gente que não merece entrar nas nossas vidas, e eu faço o completo oposto.
Já falei que a gente merecia ter pelo menos 7 dias de felicidade, só 7, sem derrubar uma lágrima...é muito?

É tudo uma bagunça, grande bagunça.

Enjoada das pessoas, que preferem ficar sentadas com as mesmas cinco pessoas que conheceu quando tinha 5 anos de idade, sem se misturar, sem ver gente nova, sem fazer nada novo.
Vinte e poucos anos, uma mesa, um baralho, um baseado, as mesmas conversas, as mesmas ridas, um vazio, um marasmo, nada de calor, nada de vida, estagnação, retrocesso, uma mesmice, que essas pessoas nem sequer se dão conta, e que me causa náusea, me irrita, e eu tenho vontade de gritar e ninguém absolutamente ninguém vê, ou entende.

Ir ao cinema, teatro, sair para dançar, ver filmes, assistir ao jogo do meu São Paulo na TV, assistir a Fórmula 1 domingo de manhã, passear de havaianas na “Paulista”, e comer bolinho de verdura na “Liberdade”, coisa idiotas, mas que só eu quero fazer, pelo menos é o que parece.
E que no final esta tudo uma zona tão grande, que eu acabo não fazendo nada e desistindo.

Talvez a minha individualidade tenha um motivo, ninguém que consiga se encaixar no meu mundo, ou no que eu quero pra mim, e até que isso aconteça... Sempre vai existir um ruído.