terça-feira, 27 de março de 2012

15 de dezembro.

Você é a semente de tudo, eu vivo a partir de você
Faz tempo que não me livro das ideias.
Ando sem tempo... mentira, é desculpa mesmo.
Sempre tenho coisas para escrever, mas ultimamente a dor é maior, e sei que quando começasse a digitar meus olhos iriam marejar, como está acontecendo agora.
Mil coisas aconteceram e nada é tão marcante quanto o que houve dia 15 de dezembro de 2011, um dia antes das minhas férias coletivas que só terminariam dia 9 de janeiro, 16 dias antes dos meus 25 anos, 10 dias antes do natal, e 12 antes da nossa viagem em família.

Eu tinha acabado de me formar, acabado de mudar de emprego, acabado de acreditar de verdade em mim, acabado de assumir que sou apaixonada por alguém a mais de um ano, acabado de aceitar que precisava de óculos, acabado de entender que faltava menos de um mês para que eu largasse o cigarro, esse vício ingrato que ele odiava.

Ele teve orgulho.

Eu mantive as minhas promessas, continuo trabalhando, fizemos a viagem de família, me divertir, sentei nos bares de Ilha solteira como ele disse que eu deveria fazer, eu bebi, eu fumei meu último cigarro no dia 31 de janeiro, cuidei da minha mãe, mantive as camisetas do São Paulo, sou fiel ao meu namorado e dou muito valor ao homem que ele é, estou vendo a minha possível pós, vou em shows de rock por que eu cresci ouvindo isso e é como se fosse uma parte dele em mim, vou ao estádio, aconselho minha irmã mais nova e escuto a mais velha.

Dou o meu melhor, exatamente como ele exigia de mim e vai continuar exigindo até o último dia da minha vida.



De tudo que mudou em 2012, a maior saudade do mundo nunca vai parar de doer.
Eu sinto sua falta com a frequência que eu respiro e as vezes perco o fôlego por que a saudade é mais forte.

Marquei você na minha pele, Pai.