Desde meados de setembro, uma crise econômica pegou os Estados Unidos, primeiramente, e depois o resto do mundo, de “surpresa”.
A partir de então, são países preocupados, bancos centrais lançando dinheiro para o mercado voltar a “ferver” e segurar o que pode vir a ser uma réplica da Grande Depressão da década de 30. Economistas negam alguma semelhança e justificam: em 1929 não existia FMI.
Mas, de onde surgiu esta bolha econômica? Ela realmente era inesperada? Como isso poderia acontecer assim, sem nenhum sinal em pleno auge da economia neoliberal?
Perguntas simples, mas sem respostas, ou pelo menos com respostas, mas vergonhosas, de que, por exemplo, sim era prevista a possibilidade de uma crise econômica desde 2001, quando algumas empresas de financiamento hipotecário começaram a pedir empréstimos para conseguir se manter, o fato é que o otimismo das altas do mercado, juros baixos, e bolsas em alta, fizeram com que todos os indícios fossem ignorados e não só isso...
Tudo ia bem, havia os títulos “prime”, que são títulos de empréstimos concedidos a clientes que têm crédito, podem e querem quitá-las, e os títulos “sub-prime”, que nada mais são que o oposto dos títulos prime, ou seja, são títulos de risco, que podem ou não ter retorno do crédito concedido. A confusão começou quando os bancos de financiamento resolveram misturar os títulos das duas categorias e ceder mais dinheiro do que podia a quem não podia pagar, e tornaram estes títulos negociáveis na praça.
Os juros começaram a subir e o valor das parcelas dos empréstimos também, os clientes não conseguiram mais pagar. Bom, é óbvio que se você empresta precisa do capital investido de volta, se não te pagam, você tem um déficit financeiro, pronto, estava dada a largada para a época de escassez na economia. Por conta da esperteza de algumas agências de empréstimos, que venderam gato por lebre, o mundo está financeiramente de ponta cabeça.
Os Estados Unidos sempre têm um jeito de consertar, então, negociaram com o Banco Central um pacote de 700 bilhões de dólares, pacote este que só foi concedido depois de uma reunião com o “presidente das guerras” Bush, que não conseguiu convencer, sua secretária teve que ajoelhar para que houvesse um acordo. Será que agora o senhor Bush está pensando em todo capital que ele investiu na guerra contra o Iraque ou no que ele gastou para manter tropas lá até hoje?
Mas, pensando onde o calo nos aperta, o importante é que o presidente Lula diz que o Brasil vai se sair bem desta. Sim, parece ser verdade, o mercado econômico brasileiro está em crescimento, e a crise pouco afetou isso, para manter foi necessário que Meirelles investisse dinheiro sem parar no mercado, afinal o dólar tem que cair, e o Brasil, acima de tudo, tem que continuar sendo atraente para mundo dos investimentos.
Você cidadão e eu? Mal notamos que os juros dos nossos bancos subiram de 9 para 15%, ou que você queria comprar um carro e iria parcelar em 48 vezes com juros baixo, e agora só há possibilidade de parcelar em 24 ou 36 vezes, a juros negociáveis.
A dona de casa, também não sabe o por quê dos preços da comida estarem tão altos, mas o importante é isso o mercado fervendo.
No meio da confusão Obama ganhou as eleições presidenciais, dos EUA, uma vitória histórica, parece que o cidadão norte-americano, realmente passou por cima do preconceito, em nome da esperança, da mudança, mas será que Obama vai ter pulso para segurar a carruagem, em pleno momento de desespero? Conseguirá acordar alguma coisa sem que seja preciso alguém se ajoelhar.
Como tudo isso vai acabar? A resposta é: eu não sei. A iniciativa de aplicar dinheiro para a economia funcionar a longo prazo, não funciona, os juros vão às alturas e a inflação vai correr sem controle. Mas, parece que o pensamento confiante dos cidadãos norte-americanos nos Estados Unidos está riscado, e ficou explícito que se apegaram a outra coisa que não a cultura para eleger nas urnas Barack Obama, em nome da mudança, talvez pedindo de socorro, eles se apagaram à esperança.
A partir de então, são países preocupados, bancos centrais lançando dinheiro para o mercado voltar a “ferver” e segurar o que pode vir a ser uma réplica da Grande Depressão da década de 30. Economistas negam alguma semelhança e justificam: em 1929 não existia FMI.
Mas, de onde surgiu esta bolha econômica? Ela realmente era inesperada? Como isso poderia acontecer assim, sem nenhum sinal em pleno auge da economia neoliberal?
Perguntas simples, mas sem respostas, ou pelo menos com respostas, mas vergonhosas, de que, por exemplo, sim era prevista a possibilidade de uma crise econômica desde 2001, quando algumas empresas de financiamento hipotecário começaram a pedir empréstimos para conseguir se manter, o fato é que o otimismo das altas do mercado, juros baixos, e bolsas em alta, fizeram com que todos os indícios fossem ignorados e não só isso...
Tudo ia bem, havia os títulos “prime”, que são títulos de empréstimos concedidos a clientes que têm crédito, podem e querem quitá-las, e os títulos “sub-prime”, que nada mais são que o oposto dos títulos prime, ou seja, são títulos de risco, que podem ou não ter retorno do crédito concedido. A confusão começou quando os bancos de financiamento resolveram misturar os títulos das duas categorias e ceder mais dinheiro do que podia a quem não podia pagar, e tornaram estes títulos negociáveis na praça.
Os juros começaram a subir e o valor das parcelas dos empréstimos também, os clientes não conseguiram mais pagar. Bom, é óbvio que se você empresta precisa do capital investido de volta, se não te pagam, você tem um déficit financeiro, pronto, estava dada a largada para a época de escassez na economia. Por conta da esperteza de algumas agências de empréstimos, que venderam gato por lebre, o mundo está financeiramente de ponta cabeça.
Os Estados Unidos sempre têm um jeito de consertar, então, negociaram com o Banco Central um pacote de 700 bilhões de dólares, pacote este que só foi concedido depois de uma reunião com o “presidente das guerras” Bush, que não conseguiu convencer, sua secretária teve que ajoelhar para que houvesse um acordo. Será que agora o senhor Bush está pensando em todo capital que ele investiu na guerra contra o Iraque ou no que ele gastou para manter tropas lá até hoje?
Mas, pensando onde o calo nos aperta, o importante é que o presidente Lula diz que o Brasil vai se sair bem desta. Sim, parece ser verdade, o mercado econômico brasileiro está em crescimento, e a crise pouco afetou isso, para manter foi necessário que Meirelles investisse dinheiro sem parar no mercado, afinal o dólar tem que cair, e o Brasil, acima de tudo, tem que continuar sendo atraente para mundo dos investimentos.
Você cidadão e eu? Mal notamos que os juros dos nossos bancos subiram de 9 para 15%, ou que você queria comprar um carro e iria parcelar em 48 vezes com juros baixo, e agora só há possibilidade de parcelar em 24 ou 36 vezes, a juros negociáveis.
A dona de casa, também não sabe o por quê dos preços da comida estarem tão altos, mas o importante é isso o mercado fervendo.
No meio da confusão Obama ganhou as eleições presidenciais, dos EUA, uma vitória histórica, parece que o cidadão norte-americano, realmente passou por cima do preconceito, em nome da esperança, da mudança, mas será que Obama vai ter pulso para segurar a carruagem, em pleno momento de desespero? Conseguirá acordar alguma coisa sem que seja preciso alguém se ajoelhar.
Como tudo isso vai acabar? A resposta é: eu não sei. A iniciativa de aplicar dinheiro para a economia funcionar a longo prazo, não funciona, os juros vão às alturas e a inflação vai correr sem controle. Mas, parece que o pensamento confiante dos cidadãos norte-americanos nos Estados Unidos está riscado, e ficou explícito que se apegaram a outra coisa que não a cultura para eleger nas urnas Barack Obama, em nome da mudança, talvez pedindo de socorro, eles se apagaram à esperança.
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PS: este texto foi censurado.
rs
