terça-feira, 20 de setembro de 2011

Chega.

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Chega.

Chega de me deixar chatear;
De me meter com traste ou gente maluca;
Chega!
De me deixar machucar;
De me entregar por inteiro;
De ser ingênua e acreditar no amor;
Chega!
De romance;
Poesia;
Flores e corações;
Chega!
De tentativas frustradas;
De choro e dor;
Chega!
De ódio, raiva e insonia;
De abrir meu coração e deixar que alguém entre e bagunce tudo;
Chega...
Chega do cansaço dos relacionamentos e dessa porcaria de sentimento, que só tem me machucado, chamado AMOR.

Chega!

Agora é trabalho, faculdade, casa e amigos.
É isso.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Fez-se o fim

E então, fez-se o fim.

Dolorido, cansativo... Estou exausta, lutei, briguei, cai e levantei, mas seguir adiante era uma besteira tão absurda que até mesmo a minha teimosia cedeu.
E olha,  que de teimosia e ser cabeça dura eu entendo, e como entendo.

Acabou conforme o esperado, cheio de mágoa e ressentimentos, ele diz que não, mas quando nos falamos, tentou jogar tudo na minha cara de novo...

Dói, eu não quero mais ouvir isso, passei dois meses escutando onde errei, um mês longe dele como se fosse uma punição por ser eu mesma, e carregando o sentimento de culpa nos ombros, sem cansar, ou melhor, sem cansar por um bom tempo.

Cansou.
E quando a decisão foi tomada, ele ainda deu um tiro de misericórdia com um e-mail que me fez chorar o que faltava para acabar com esse relacionamento fracassado.
Terminar gostando é uma das piores experiências que eu já tive, ele é grosseiro, estupido, explosivo, ignorante, não me dá a minima, e me trata como opção, eu não poderia mais suportar tanto descaso, tanto insulto, é muita ferida para uma pessoa só, não dá pra passar por cima de quem você é para sempre, viver sozinha, abrir mão do que se gosta e das pessoas queridas, por alguém que não abre mão nem de um jogo de futebol para te ver.

Nem do Palmeiras ele abre mão.
Não nasci para segundo lugar, nem teceiro ou quarto, quem dirá último.
E eu gosto dele, pelo menos acho que gosto.
Ou foi só a minha mania de me meter em relacionamentos autodestrutivos, não sei.

Você diz que o sarcasmo domina a minha voz, e a irônia é uma névoa densa nas conversas. Ríspida, arisca, nervosa, escandolosa... A parede foi reerguida e os portões fechados, a garotinha ácida voltou.
E está machucada.
muito machucada.
Aquele é o último e-mail seu que eu abro, e você nunca mais vai me tratar como idiota.
E nem ninguém. nunca mais.

Passar bem.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

desfazer

"É o vazio, tudo é vazio, as coisas só vêm para ir embora, todas as coisas feitas precisam ser desfeitas, e elas precisam ser desfeitas simplesmente porque foram feitas!"

Jack Kerouac

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A verdade em voz alta

É inacreditável o poder que certas pessoas têm para magoar.
E no meu caso, o poder de se deixar magoar.
Brigar por alguma coisa que se quer, na minha opinião, é válido e alguns arranhões fazem parte disso, porque no final, a conquista vale cada dor muscular e ossos quebrados.

Poético isso. Romântico na verdade, que é a maneira que eu insisto em enxergar as coisas, e acabo me ferrando, claro.

Mudar, se adaptar, andar na linha e ser, o que talvez, você nunca tenha sido.
E então se dar conta, que está tentando sozinha, a outra pessoa, que prometeu tentar com você, largou de mão, e talvez só esteja mantendo isso por vingança, por ter nas mãos o poder de te ver chorar, de ver você mudar para algo que ela deseja, pela massagem no ego que é ver você se rastejar por um beijo, por uma mensagem, por um abraço e por atenção.

Passar dias, pensando "tem que voltar a ser como era, tem que voltar, tem que voltar", e isso te impulsionar com tanta força a tentar, que mal se dá conta, que o "antes" morreu, não existe mais, e a promessa de que voltaria, não passou disso, de uma promessa.

Seu corpo dói, sua cabeça gira procurando uma maneira de fazer isso dar certo, existe esforço, tentativas, carinhos não retribuidos, lágrimas, e ah, como existem lágrimas.
São inúmeras as discussões, que nunca têm um fim, acabam em nada, da mesma maneira que começaram, os caminhos começam a ficar estreitos, ou a sua vista que começa a desembaçar.

Os cabelos não tem brilho, a pele esta amarela, as poucas risadas são baixas e sem vida, os textos não tem inspiração, nenhuma roupa lhe cai bem. E nenhuma, nenhuma pessoa no mundo é mais desinteressante do que você.

Acatando conselhos "melhor dar um gelo", gelo este que mal é notado e parece que foi recebido com alívio, sua presença não faz diferença.

Tremor, mãos formigando, sensações ruins, agonia, angustia, tudo de uma só vez quando a verdade parece gritar para sair de dentro dos seus pensamentos, não adianta...

Nada que você faça vai trazer isso a vida novamente.

Ele não te quer mais.

Sacode a poeira e coloca atadura nos machucados.
Você não nasceu para se adaptar, mas para sobressair.